Painel 2: Ensino superior em África: que agenda para o futuro
- Clara Carvalho (Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL)
Os debates em torno do desempenho das instituições de ensino superior (IES) em África bem como a qualidade do ensino nelas ministradas trazem ao público uma realidade assustadora: baixa qualidade, currículos desatualizados, ausência de liberdade académica, que se refletem na qualidade dos recursos humanos formados, sendo uma das consequências a dificuldade de integração e absorção pelo mercado de trabalho, prevalecendo a escolha pelos recursos humanos formados no exterior, nomeadamente, no ocidente. Essa situação coloca uma pressão muito grande às instituições, aos docentes e sobretudo, aos estudantes, que têm dificuldades de enquadramento profissional. Por outro lado, verifica-se igualmente uma taxa de desemprego muito elevada na maioria dos países subsarianos, em resultado da pouca dinâmica da sua economia, o que nos leva a questionar a relação existente entre as universidades e o mercado de trabalho, bem como o conteúdo da formação ministrada e as necessidades desse mesmo mercado. Numa perspetiva macro, pretendemos trazer ainda a debate outras inquietações, como por exemplo, que novas dinâmicas têm sido desenvolvidas que visam a alteração desse panorama, que constrangimentos têm encontrado, que reformas estão em curso, qual o modelo de recursos humanos adotado, que ensino superior se está a moldar, uma continuidade do modelo existente até recentemente ou um novo modelo, que vai mais ao encontro daquilo que é a realidade africana? Que agenda para o futuro? Entre outras questões.
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